domingo, 3 de fevereiro de 2013

cama de vento


Caía a tarde na cordilheira quando ela se deitou na cama de vento.
O recorte de ouro nos olhos bem abertos
para o que já não tem espaço nem tempo.
Alado é o instante em que tudo perece.
Azul é a cor do nada.
Branco, ocre, verde, a terra tem pressa.
Cair é a distância que cresce
entre a lente de espanto tingida
e a musa de morte caiada.

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